Na última quinta-feira (12/12), a Escola Superior de Advocacia de Goiás (ESA-GO) sediou um debate sobre os impactos da reforma tributária no setor jurídico, com a participação de importantes juristas. O presidente da OAB-GO, Rafael Lara, criticou a proposta de reforma, destacando os impactos negativos para a advocacia e outros serviços, embora tenha reconhecido que ainda há questões a serem detalhadas. Ele lamentou a aprovação do projeto no Senado, que obteve 49 votos favoráveis contra 19 contrários, e afirmou que a advocacia em Goiás se prepara para discutir não apenas as críticas, mas também as possíveis oportunidades geradas pela mudança.
Lara também reiterou sua posição de que, apesar de ser favorável a uma reforma tributária, é fundamental que a proposta seja transparente, bem debatida e adaptada às especificidades dos diferentes setores, incluindo os profissionais que atuam em entidades uniprofissionais. Ele defendeu a criação de mecanismos específicos que desonerem esses profissionais e viabilizem a prestação de serviços, especialmente em relação à regulamentação do setor por meio de uma Lei Complementar.
O debate, organizado por Flávio Buonaduce, presidente do Instituto dos Advogados do Brasil em Goiás (IAGO), foi marcado pela cautela em relação aos efeitos da reforma. Segundo Buonaduce, é prematuro avaliar os impactos do projeto nesse momento, uma vez que ainda há muitas discussões a serem realizadas. No entanto, ele ressaltou o papel dos juristas de acompanhar o processo, analisando as bases do projeto e suas possíveis implicações para o futuro da advocacia no Brasil.