Uma ofensiva relâmpago liderada pelo grupo rebelde Hayat Tharir al-Sham (HTS) resultou na queda do regime sírio, encerrando mais de quatro décadas de liderança autoritária no país. Em menos de duas semanas, os rebeldes tomaram as principais cidades sírias, incluindo Aleppo, Hama, Homs e, finalmente, Damasco. A fuga do presidente Bashar Assad, que renunciou e deixou o país, ocorreu poucas horas antes da entrada dos insurgentes na capital. O destino de Assad permanece incerto, e a transição para um governo liderado pela oposição está em andamento.
Em um comunicado, a televisão estatal síria anunciou a deposição de Assad e a libertação de prisioneiros políticos, enquanto as forças rebeldes prometeram preservar as propriedades do novo Estado. Centenas de pessoas comemoraram a queda do regime nas ruas de Damasco, com manifestações também ocorrendo no Líbano, onde a vitória foi celebrada por refugiados sírios. O ex-primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, declarou que não conseguiu mais contato com Assad, mas afirmou que os rebeldes iriam trabalhar com o governo interino.
Internacionalmente, os Estados Unidos, por meio do presidente Joe Biden, monitoraram a situação, enquanto a ONU expressou esperança cautelosa sobre o futuro da Síria. As forças aliadas de Assad, incluindo militares russos e iranianos, abandonaram suas posições, não oferecendo apoio ao regime em seus momentos finais. A situação abre caminho para uma possível reconfiguração política no país, com um foco na reconciliação e na reconstrução da sociedade síria, baseada no diálogo e no respeito aos direitos humanos.