Rebeldes no sul da Síria solicitaram apoio à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) para garantir a eliminação segura de um estoque de armas químicas acumulado durante o governo de Bashar al-Assad. Em uma declaração feita no sábado (7), afirmaram que a população síria tem sofrido intensamente devido ao uso dessas armas contra civis, em violação das convenções internacionais. O grupo também pediu à comunidade internacional que apoiasse a remoção completa de armas de destruição em massa do país.
Além disso, os rebeldes expressaram interesse em cooperar com a OPAQ e com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para investigar os programas e estoques de armas químicas e nucleares no controle do regime de Assad. Contudo, não havia clareza sobre se os rebeldes haviam assumido o controle desses estoques no momento da declaração. A OPAQ já havia realizado investigações anteriores que concluíram que forças do governo sírio estavam envolvidas em ataques com armas químicas.
A guerra civil síria, que começou em 2011, resultou em uma grave crise humanitária, com mais de 300 mil mortos e milhões de deslocados. A guerra se intensificou com a entrada de diversos atores internacionais, como os Estados Unidos e a Rússia, o que transformou o conflito em uma disputa por procuração. Embora tenha havido um acordo de cessar-fogo em 2020, os confrontos entre rebeldes e o regime de Assad ainda persistem, em menor escala.