Os rebeldes sírios estão avançando rapidamente em várias frentes, colocando em risco o regime de Bashar al-Assad. Desde o início da ofensiva, que se intensificou nos últimos dias, combates violentos têm sido registrados em diversas regiões do país, incluindo o norte, sul e leste. As forças opositoras já tomaram o controle de várias cidades-chave, como Daraa e Aleppo, e ameaçam a capital Damasco. A ofensiva busca dividir o território controlado pelo regime, o que enfraqueceria ainda mais a já desgastada força militar de Assad. Especialistas apontam que, diante da falta de resistência significativa das forças governamentais, a queda do regime sírio pode ocorrer nos próximos dias.
A ofensiva rebelde, composta por diferentes grupos, como o Hayat Tahrir al-Sham, tem gerado uma fuga em massa de civis, principalmente das áreas de Homs e arredores, aumentando a pressão humanitária na Síria. A guerra civil, que já dura 13 anos, provocou a morte de mais de 300 mil civis e milhões de deslocados. Apesar do controle territorial dos rebeldes, o governo sírio nega que o regime de Assad esteja em risco iminente, e autoridades iranianas afirmam que o presidente permanece no país, embora haja relatos de movimentações suspeitas e deserções no Exército. Enquanto isso, a comunidade internacional monitora de perto os desdobramentos, com potências regionais como o Irã e a Rússia preocupadas com a desestabilização da Síria.
A situação política e econômica da Síria é ainda mais complicada com o fechamento da fronteira com a Jordânia, o que agrava a crise econômica, já fragilizada por sanções internacionais. O avanço rebelde também traz implicações para os países vizinhos, como Israel, que elevou sua prontidão militar devido à proximidade dos combates com as Colinas de Golã. O conflito, caracterizado por uma série de alianças regionais e globais, continua a representar um desafio para a diplomacia internacional, que busca uma resposta eficaz para um problema que parece cada vez mais distante de uma solução.