O presidente sírio, Bashar al-Assad, deixou Damasco na madrugada deste domingo (8) após um ataque surpresa de rebeldes que conseguiram invadir a capital e conquistar áreas estratégicas. A informação foi confirmada pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que afirmou que Assad teria saído do país pelo Aeroporto Internacional de Damasco, pouco antes das forças de segurança locais se retirarem. Até o momento, não há informações sobre seu paradeiro, e o governo sírio não fez declarações oficiais sobre os acontecimentos.
O movimento rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS) anunciou a conquista de importantes instalações, como a prisão militar de Saidnaya, ao norte da cidade, além de liberar prisioneiros. Em meio ao caos na capital, moradores comemoraram a presença dos rebeldes nas ruas, enquanto intensos tiroteios ocorreram em diversos pontos de Damasco. O grupo Hezbollah, aliado do regime de Assad, também começou a retirar seus combatentes da capital e de outras áreas estratégicas, como Homs, diante do avanço rebelde.
A situação na Síria continua a se agravar, com especulações sobre o futuro do regime de Assad e o impacto da possível queda de seu governo no equilíbrio de poder no Oriente Médio. Os presidentes dos EUA, Joe Biden e Donald Trump, acompanham os acontecimentos de perto, embora o governo norte-americano tenha se mostrado relutante em se envolver diretamente no conflito. A perspectiva de um vácuo de poder na Síria aumenta as tensões regionais e coloca em risco a estabilidade de uma área já afetada por anos de violência.