Rebeldes sírios informaram que iniciaram um avanço na cidade de Hama, localizada no centro do país, enquanto a mídia estatal síria nega essas alegações, afirmando que o exército está expulsando os insurgentes da região. Os combates em Hama começaram no início da semana, com confrontos intensos desde terça-feira, quando os grupos rebeldes tomaram vilarejos ao norte da cidade, como Maar Shahur. A ofensiva contra Hama, uma das principais cidades sírias, pode aumentar a pressão sobre o governo do presidente Bashar al-Assad, que conta com o apoio militar de aliados como Rússia e Irã para combater os rebeldes e garantir o controle do território.
O conflito na Síria, que se arrasta desde 2011, teve início com a repressão de manifestações pró-democracia e escalou para uma guerra civil, com múltiplos grupos rebeldes e a ascensão do Estado Islâmico (ISIS). Diversos atores internacionais, incluindo potências como os Estados Unidos e a Rússia, têm se envolvido no combate aos diferentes grupos armados, tornando o conflito uma guerra por procuração. Em 2020, um acordo de cessar-fogo trouxe um relativo período de calmaria, mas a violência continua esporadicamente, com confrontos limitados entre as forças do governo e os rebeldes.
Hama, que se manteve sob controle do governo sírio desde o início da guerra, representa um alvo estratégico importante devido à sua localização e relevância simbólica. A intensificação dos combates na cidade reflete o ressurgimento de operações militares dos insurgentes, que buscam expandir suas áreas de influência no país. O impacto humanitário do conflito continua a ser severo, com mais de 300 mil mortos e milhões de deslocados desde o seu início, segundo dados da ONU. O futuro de Hama e a estabilidade da região permanecem incertos, à medida que a guerra civil continua a desafiar a paz na Síria.