No sábado (7), grupos rebeldes sírios tomaram o controle da prisão central de Homs, na região oeste do país, libertando centenas de prisioneiros. A ação foi descrita por fontes rebeldes como parte de um avanço mais amplo, com os combatentes quebrando as defesas do exército governamental pela porta leste da cidade. Esse movimento faz parte de uma ofensiva que visa isolar Damasco, a capital, com a aliança rebelde anunciando a fase final do cerco à cidade, à medida que os confrontos se intensificam no terreno.
No sul da Síria, novos levantes surgiram na província de Daraa, com rebeldes locais alegando ter tomado uma base militar estratégica enquanto avançam em direção à capital. Essa escalada militar aumentou a preocupação internacional, com autoridades dos Estados Unidos avaliando que a queda do governo pode ser iminente. A situação em Damasco é descrita como tensa, com relatos de pânico entre a população, embora fontes oficiais sírias neguem qualquer retirada do exército e afirmem que o presidente permanece na cidade.
A guerra civil síria, que se iniciou em 2011 durante os protestos da Primavera Árabe, já resultou em mais de 300 mil mortos e milhões de deslocados. A intervenção de potências regionais e globais, como a Rússia e os Estados Unidos, intensificou o conflito, que envolve diversas facções e interesses. Embora o conflito tenha diminuído desde um acordo de cessar-fogo em 2020, a violência e as operações militares continuam em algumas regiões, especialmente no sul e no entorno da capital.