No domingo, 8 de dezembro, forças rebeldes sírias anunciaram a “libertação” de Damasco, alegando que o presidente Bashar al-Assad havia fugido da capital. Através de uma declaração no Telegram, o Comando de Operações Militares dos rebeldes afirmou que a cidade estava agora livre do governo de Assad e fez um apelo aos deslocados sírios, oferecendo-lhes uma “Síria livre”. Os rebeldes também alegaram ter assumido o controle da Prisão Militar de Saydnaya, localizada ao norte de Damasco, um dos símbolos da repressão do regime.
Em resposta a esses eventos, o primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, afirmou que o governo está disposto a colaborar com qualquer liderança escolhida pelo povo sírio. Ele pediu a proteção das instalações públicas e garantiu que o governo trabalharia para garantir uma transição tranquila. Ghazi al-Jalali, que se encontra em sua residência, pediu também que as autoridades sírias mantivessem a operação contínua das instituições do Estado e garantissem a segurança dos cidadãos.
O líder do grupo opositor Hayat Tahrir Al-Sham, um dos principais movimentos militares envolvidos no conflito, fez um apelo para que as forças rebeldes respeitassem as instituições estatais e evitassem qualquer dano às propriedades públicas. Em um sinal de uma possível reconfiguração de sua imagem, ele usou seu nome verdadeiro pela primeira vez em uma declaração oficial, promovendo a ideia de uma transição política ordenada e o respeito às estruturas estatais enquanto o futuro da Síria é decidido.