O movimento rebelde na Síria, liderado pela organização jihadista HTS, tem registrado avanços significativos nas últimas semanas, com a captura de duas cidades importantes: Quneitra, na região do Golã, e Sanamayn, localizada próxima a Damasco. Os rebeldes estão tentando cercar a capital síria e derrubar o regime do presidente Bashar al-Assad, que está no poder há 24 anos. A ofensiva tem sido caracterizada por uma rápida progressão das tropas rebeldes, o que pegou o governo de surpresa e tem gerado tensões no campo de batalha, com o exército sírio tentando reagir por meio de ataques aéreos e contra-ofensivas.
O conflito sírio, que começou em 2011, teve início com manifestações pacíficas contra o governo, mas rapidamente evoluiu para uma guerra civil após a repressão violenta das forças de Assad. Desde então, o país tem sido marcado por intensos combates entre as forças governamentais e diversos grupos insurgentes, com o regime de Assad recebendo apoio da Rússia e do Irã. Embora tenha recuperado grande parte do território perdido ao longo dos anos, a guerra continua dividindo o país, com áreas ainda controladas por forças opositoras e estrangeiras.
Nos últimos meses, o enfraquecimento de grupos financiados pelo Irã, aliado de Assad, tem contribuído para a ascensão de novas frentes rebeldes. A falta de apoio iraniano, exacerbada pela pressão de outros atores regionais como Israel, tem impactado a dinâmica do conflito, permitindo aos rebeldes ganharem terreno com maior facilidade. Com mais de meio milhão de mortos e milhões de deslocados desde o início da guerra, a Síria continua sendo um cenário de instabilidade, com poucas perspectivas de uma solução política no curto prazo.