As forças rebeldes na Síria anunciaram na sexta-feira (6) que alcançaram a cidade de Homs, um importante ponto estratégico que pode alterar o curso do conflito. A facção síria responsável pelo ataque afirmou que libertou a última vila nos arredores de Homs e agora se encontra nas portas da cidade. No entanto, a Reuters não conseguiu confirmar de maneira independente essa informação. O grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham, anteriormente vinculado à Al-Qaeda, também fez um apelo para que as forças leais ao governo de Bashar al-Assad desertassem.
A captura de Homs pelos rebeldes representaria uma grande perda para o governo de Assad, pois isso interromperia a conexão entre a capital Damasco e a costa, onde estão localizadas bases militares essenciais, incluindo uma base naval russa. Em resposta, o Exército sírio, com apoio aéreo russo e sírio, realiza uma operação militar em Homs, resultando em confrontos e diversas baixas entre os insurgentes. O regime também enfrenta outro revés, com uma coalizão liderada por combatentes curdos sírios tomando o controle de Deir el-Zor, importante base governamental no leste do país.
A guerra civil na Síria, que teve início em 2011 com a repressão do regime à revolta pró-democracia, evoluiu para um conflito de grandes proporções, envolvendo potências globais e regionais, como Rússia, Estados Unidos, Irã e Arábia Saudita. O conflito causou mais de 300 mil mortes e milhões de deslocados, enquanto diversas facções, incluindo o Estado Islâmico, ganharam força ao longo dos anos. Apesar de um acordo de cessar-fogo em 2020, o país ainda enfrenta confrontos esporádicos entre as forças rebeldes e o governo, mantendo o país em um estado de incerteza e instabilidade.