O rapper iraniano Toomaj Salehi foi libertado da prisão no dia 1º de dezembro, após cumprir uma pena de um ano de prisão por se manifestar contra o regime iraniano. Ele havia sido condenado à morte em abril de 2023 por um tribunal revolucionário, em razão de sua ligação com os protestos que agitaram o país entre 2022 e 2023. No entanto, a Suprema Corte do Irã anulou a sentença de morte em junho, e a prisão foi substituída pela pena de um ano.
Salehi tornou-se uma figura importante ao apoiar publicamente os protestos em todo o país, que foram desencadeados pela morte de uma mulher sob custódia policial em setembro de 2022. A morte de Mahsa Amini gerou uma onda de manifestações contra o regime, especialmente em relação ao tratamento das mulheres e à discriminação de gênero. As músicas de Salehi também abordaram os protestos e criticaram as políticas governamentais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu, em março de 2023, que a morte de Amini foi ilegal e resultado de violência física durante sua detenção. Além disso, a ONU destacou que as mulheres no Irã continuam a enfrentar uma discriminação sistêmica. Esses eventos se inserem em um contexto de crescente contestação ao governo iraniano, cujas políticas têm gerado intensos protestos e atenção internacional.