No último domingo (22/12), a queda parcial da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), resultou na queda de três caminhões carregados com produtos químicos no Rio Tocantins. As cargas envolviam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um composto altamente corrosivo. A tragédia causou a morte de uma pessoa e deixou 16 desaparecidos, entre os quais estão três crianças. No total, dez veículos foram atingidos pela queda da estrutura, que tem 533 metros de extensão.
Em resposta à situação, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitiu orientações preventivas, recomendando a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios situados abaixo do ponto do desabamento. A medida visa evitar riscos à saúde devido à possível contaminação das águas com a pluma de produtos químicos. A ANA, junto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA), já iniciou a coleta de amostras em vários pontos do rio para monitorar a qualidade da água.
Dezenove municípios podem ter sido afetados pelo incidente, entre eles cidades do Maranhão e Tocantins que dependem diretamente do Rio Tocantins para o abastecimento de água. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb/SP) também foi acionada para colaborar nas análises de qualidade da água. O acidente gerou grande preocupação sobre os impactos ambientais e a segurança das populações ribeirinhas, que aguardam as avaliações para saber quando a situação poderá ser normalizada.