A queda repentina do regime de Bashar al-Assad na Síria, em dezembro de 2024, colocou Donald Trump diante de um cenário geopolítico volátil e desafiador. Durante uma visita a Paris, Trump demonstrou surpresa com a situação e adotou uma postura cautelosa, destacando a importância de não se envolver diretamente em conflitos no Oriente Médio. No entanto, a mudança na dinâmica da Síria pode forçar o novo presidente dos EUA a reconsiderar suas políticas de “América Primeiro” e a se envolver diplomaticamente, caso a situação represente uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.
Embora Trump tenha se mostrado contrário ao envolvimento militar direto, a queda de Assad traz implicações para a Rússia, o Irã e o Hezbollah, aliados do regime sírio. Além disso, a ascensão de grupos rebeldes na região e o possível vácuo de poder podem abrir espaço para o retorno do Estado Islâmico, o que colocaria os interesses dos EUA em risco. A crise também desafia as alianças internacionais, já que Trump enfrentará a pressão de manter o apoio de aliados tradicionais e de gerenciar relações com adversários como a Rússia e a China, que se aproximam cada vez mais em uma frente estratégica.
Os desafios enfrentados por Trump vão além da Síria, abrangendo também a guerra na Ucrânia, o avanço militar da Rússia e o fortalecimento do Irã e da Coreia do Norte. A situação internacional exige decisões rápidas e estratégias bem fundamentadas, já que a complexidade das alianças e os interesses globais continuam a mudar. A forma como Trump responderá a essa nova realidade geopolítica será fundamental para sua presidência e para o futuro das relações internacionais dos Estados Unidos.