Em uma entrevista coletiva anual realizada em Moscou, o presidente russo Vladimir Putin anunciou um desafio ao Ocidente sobre a eficácia do novo míssil de defesa Oreshnik, recentemente implementado pelas forças russas. O líder russo sugeriu um teste em que o Ocidente escolheria um alvo em Kiev e concentraria sua defesa aérea, enquanto a Rússia dispararia o Oreshnik para verificar sua capacidade de penetrar a defesa, afirmando que não haveria chance de interceptação. O míssil, que já foi utilizado em ataques contra a Ucrânia, será produzido em série em breve, de acordo com o Kremlin.
Putin também abordou a recente atualização da doutrina nuclear russa, que agora permite o uso de armas nucleares contra países não nucleares que sejam apoiados por potências nucleares. O presidente destacou que essas mudanças visam responder a ameaças conjuntas de países não nucleares com apoio de potências atômicas. A Rússia, segundo ele, reservou-se o direito de utilizar suas armas nucleares se sentir que sua segurança está em risco, reafirmando sua postura de defesa robusta frente às tensões internacionais.
Além disso, Putin comentou sobre a situação na Ucrânia, dizendo que as forças russas estão avançando em várias frentes e conquistando territórios significativos. Em relação a negociações com os Estados Unidos, o presidente russo se mostrou disposto a dialogar com o futuro governo de Donald Trump, mas destacou a força militar da Rússia, deixando claro que as decisões do país seriam tomadas sem considerar pressões externas. A coletiva evidenciou a postura firme da Rússia em meio à crescente rivalidade com o Ocidente.