Em uma resolução divulgada neste sábado (7), o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) fez duras críticas ao mercado financeiro e ao Banco Central (BC), apontando a atuação de seu presidente como prejudicial ao desenvolvimento econômico do Brasil. O partido acusou Roberto Campos Neto de sabotar o crescimento do país, afirmando que suas ações visam elevar as taxas de juros de maneira indevida, favorecendo os bancos e prejudicando a economia real. O PT afirmou que a falta de exploração do potencial econômico do Brasil se deve a essa “sabotagem”, que seria movida por interesses partidários e de mercado.
A resolução também direcionou críticas à reação do mercado às medidas fiscais apresentadas pelo governo federal, particularmente ao pacote que inclui a isenção de Imposto de Renda para pessoas com rendimento de até R$ 5 mil mensais. O partido considerou que a reação negativa do mercado, especialmente após o anúncio do pacote, visava enfraquecer o governo e desestabilizar as políticas econômicas propostas. O PT alegou que a atuação de especuladores, representados pela região da Faria Lima, em São Paulo, busca desestabilizar conquistas econômicas e sociais do governo por meio da especulação financeira.
O documento concluiu com um apelo à sociedade civil para que mantenha vigilância sobre o mercado e suas ações, acusando-o de agir de forma estratégica para prejudicar o progresso das políticas fiscais e sociais do governo. De acordo com o PT, a política fiscal do governo, ao tentar alinhar o corte de gastos com a isenção de impostos, foi vista com desconfiança por analistas, que consideraram as medidas contraditórias. Para o partido, esse tipo de oposição ao governo tem como objetivo minar a implementação de medidas de justiça social e desenvolvimento econômico.