Com a chegada do fim de ano, as festividades de Natal e Réveillon podem desencadear o que é popularmente chamado de “dezembrite”, um termo que se refere ao aumento de sentimentos de tristeza, ansiedade e angústia típicos dessa época. Esse quadro é impulsionado por uma série de fatores, como a pressão social para alcançar objetivos pessoais e profissionais, comparações com os outros e cobranças familiares. O psiquiatra Arthur Cardoso destaca que as reuniões familiares e sociais, comuns no final do ano, podem ser gatilhos para quadros de ansiedade e depressão, especialmente quando surgem discussões sobre temas íntimos e expectativas não cumpridas.
Além do impacto psicológico das festividades, os dados de atendimento médico refletem um aumento significativo de casos de ansiedade em dezembro, principalmente na região de Piracicaba. Em 2023, os atendimentos relacionados a transtornos de ansiedade cresceram consideravelmente em comparação com 2022, o que evidencia o agravamento desses quadros durante o final de ano. O psiquiatra também observa que a pressão para cumprir metas irreais ou urgentes, como mudanças de aparência ou objetivos profissionais, tende a intensificar a ansiedade e a frustração, podendo contribuir para episódios depressivos.
Para prevenir o agravamento desses transtornos, o especialista sugere algumas medidas, como o planejamento realista das atividades, o estabelecimento de limites nas interações sociais e a busca por hobbies que favoreçam o bem-estar mental. Além disso, é importante refletir sobre a necessidade de participar de ambientes familiares ou sociais que possam gerar estresse. O foco deve ser na preservação da saúde mental e no cultivo de relacionamentos saudáveis, com a compreensão de que a vida pode ser mais equilibrada quando vivida com menos pressões e expectativas irreais.