O abraço, um gesto simples e de fácil execução, tem mostrado impactos positivos não apenas nas emoções, mas também na saúde física e mental dos indivíduos. Em uma sociedade cada vez mais digitalizada, onde as conexões físicas parecem ser deixadas de lado, esse ato de afeto pode proporcionar uma sensação imediata de segurança e bem-estar. Segundo a psicóloga Julia Oliveira, o abraço estimula a liberação de ocitocina, um hormônio que promove o vínculo afetivo e reduz os níveis de estresse, fortalecendo o sistema imunológico e melhorando a qualidade de vida.
Para ilustrar os efeitos do abraço, um experimento realizado em Campinas (SP) mostrou a emoção de diversas pessoas ao receberem o gesto de carinho. Moradores, incluindo uma mãe que relatou o conforto de abraços diários de seu filho, destacaram como esse afeto tem poder de transformar o dia de alguém. A psicóloga aponta que o toque e o afeto têm impacto direto na saúde mental e emocional, proporcionando sensações de acolhimento e reduzindo o estresse.
Especialistas da área médica, como a coordenadora da UTI Neonatal, Erika Yaschiro Hirata, ressaltam a importância do toque desde os primeiros dias de vida. Em bebês, o afeto ajuda a regular parâmetros vitais, como temperatura e frequência cardíaca, além de promover o vínculo com a mãe e o desenvolvimento emocional. Por fim, figuras públicas, como a apresentadora Ana Maria Braga, destacam como a falta de afeto físico, muitas vezes substituído pela interação digital, contribui para sentimentos de solidão e ansiedade, reforçando a necessidade de manter o contato humano em meio à vida moderna.