Centenas de pessoas foram às ruas da Geórgia em protesto contra a decisão do governo de suspender por quatro anos as negociações para o ingresso do país na União Europeia. Os confrontos entre manifestantes e policiais ocorreram perto do Parlamento, em Tbilisi, e já duram sete dias consecutivos. Durante os protestos, que incluíram o uso de fogos de artifício e lasers contra a polícia, os manifestantes acusaram o governo de adotar políticas autoritárias e pró-Rússia, em detrimento da aproximação com o Ocidente.
A crise política no país se intensificou após as eleições legislativas de outubro, que a oposição considera irregulares, e culminou na decisão de congelar as negociações com a UE, anunciada no final de novembro. Em resposta, a polícia utilizou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os manifestantes. Autoridades internacionais, incluindo os Estados Unidos, criticaram o uso excessivo de força contra os protestos pacíficos, enquanto o governo georgiano defendeu a ação policial, destacando o profissionalismo das forças de segurança.
Além dos confrontos nas ruas, surgiram denúncias de abusos contra manifestantes detidos, com alegações de tortura por parte da polícia. A situação, marcada pela crescente tensão política e pelo descontentamento popular, continua a gerar repercussões internas e internacionais, com a oposição pressionando por mudanças e a comunidade internacional acompanhando de perto os desdobramentos.