Na noite de quarta-feira (4), manifestações à luz de velas ocorreram em várias partes da Coreia do Sul, com cidadãos exigindo a renúncia do presidente, Yoon Suk Yeol, após sua tentativa de declarar lei marcial no dia anterior. Esse ato gerou indignação no país, especialmente entre aqueles que viveram sob regimes autoritários nas décadas passadas. A reação foi forte, com diversos grupos políticos, incluindo a oposição, pressionando pela destituição do presidente e enfatizando os perigos à democracia que a medida representava.
Para muitos manifestantes, o decreto evocou memórias traumáticas de um passado autoritário, como os abusos cometidos durante a década de 1980, quando a Coreia do Sul estava sob regime militar. Pessoas que participaram dos protestos compartilharam histórias de medo e repressão, com muitos expressando preocupação sobre o impacto que uma possível retomada de práticas autoritárias poderia ter sobre a sociedade sul-coreana. Além disso, a decisão de Yoon foi vista por críticos como uma demonstração de falta de sensibilidade às vozes do povo.
O clima político na Coreia do Sul permanece tenso, com o Parlamento discutindo um possível impeachment do presidente. Embora a lei marcial tenha sido suspensa, a apreensão persiste, e a pressão popular para que Yoon se afaste cresce a cada dia. Em meio a essa crise, líderes da oposição começaram a formalizar planos de acusação, e o governo enfrentou mudanças significativas em sua composição, como a renúncia do ministro da Defesa. A situação continua em desenvolvimento, com a população mobilizada e atenta ao desdobramento dos próximos dias.