Na terça-feira (24), centenas de manifestantes se reuniram em frente à embaixada dos Estados Unidos no Panamá para protestar contra a ameaça de Donald Trump de retomar o Canal do Panamá caso o preço dos pedágios para navios americanos não fosse reduzido. Durante o protesto, os participantes queimaram retratos de Trump e da embaixadora dos EUA no Panamá, além de entoarem slogans de repúdio à interferência estrangeira no território panamenho. O evento foi organizado por sindicatos e grupos de esquerda, como o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil.
O Canal do Panamá foi controlado pelos Estados Unidos até 1999, quando passou a ser administrado pelo Panamá após acordos históricos firmados nas décadas anteriores. Os manifestantes reafirmaram a soberania do país sobre o canal e rejeitaram qualquer tentativa de reverter essa transferência de poder. A declaração de Trump sobre a possível retomada do canal, caso o Panamá não atendesse às suas exigências sobre tarifas, foi vista como uma afronta à independência e à integridade territorial do país.
Em resposta às ameaças, o presidente do Panamá e outros líderes do país reafirmaram a posição nacionalista, deixando claro que a soberania sobre o canal não está em discussão. O protesto transcorreu sem grandes incidentes, embora a embaixada dos Estados Unidos fosse protegida por um forte esquema policial. A ameaça de Trump segue gerando repercussões políticas no Panamá, onde a questão da soberania do canal continua sendo um tema sensível para a população.