Professores e estudantes da Escola Bosque, localizada na ilha de Caratateua, em Belém, realizaram um protesto na manhã de terça-feira (17) contra possíveis mudanças na gestão da instituição de ensino. A manifestação foi motivada pela promessa do prefeito eleito, Igor Normando (MDB), de integrar a escola à Secretaria Municipal de Educação (Semec) a partir de 2025, o que, segundo os manifestantes, pode prejudicar a manutenção de projetos ambientais e o ensino médio na unidade.
Os professores temem que a mudança na administração leve à extinção do ensino médio e à perda de recursos essenciais para iniciativas como o Ecomuseu da Amazônia, o Projeto AMA, e outros programas ambientais que têm apoio da Escola Bosque. Estes projetos, que envolvem a preservação ambiental e a educação de comunidades ribeirinhas, são considerados fundamentais para a identidade e o funcionamento da instituição. O protesto também ocorre próximo da COP, evento internacional que discute questões climáticas, o que gerou críticas sobre a decisão do futuro prefeito nesse contexto.
Em resposta ao protesto, a assessoria de Igor Normando esclareceu que a remodelagem administrativa da escola visa tornar a gestão mais eficiente, ágil e transparente. A nota afirmou que, em momento algum, foi mencionado que a escola seria extinta, mas que ela passaria por uma integração com a Semec para melhorar a implementação de suas funções educacionais e ambientais. A administração municipal reforçou que mudanças estruturais são comuns no início das gestões públicas.