O deputado estadual Capitão Martim (Republicanos) protocolou um abaixo-assinado com 25 mil adesões pedindo a suspensão da concessão da Medalha do Mérito Farroupilha ao líder do MST, João Pedro Stédile. A proposta, que havia sido apresentada pelo deputado Adão Pretto Filho (PT), recebeu apoio da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e gerou um grande debate. A medalha seria uma homenagem ao trabalho de Stédile na organização de trabalhadores rurais e na promoção da agricultura sustentável, com destaque para a produção de arroz orgânico e leite em várias regiões do Brasil.
Por outro lado, Capitão Martim argumenta que a homenagem desrespeita a população gaúcha, especialmente em um momento de tensões relacionadas às ações do MST no estado. O deputado aponta o impacto negativo de invasões e táticas associadas ao movimento, como motivos para a oposição à medalha. Ele também propôs uma mudança nos critérios de concessão de homenagens, sugerindo que seja o plenário da Assembleia, e não apenas a mesa diretora, a autorizar novas concessões, visando maior transparência e controle sobre essas decisões.
Além disso, Martim iniciou a coleta de assinaturas para a criação de uma CPI que investigue as ações do MST no Rio Grande do Sul, especialmente em regiões como Hulha Negra e Pedras Altas. A proposta de investigação e as reações ao abaixo-assinado refletem o clima de polarização política e os desafios enfrentados pelo estado em relação às questões agrárias e ao movimento social em questão. O MST ainda não se pronunciou oficialmente sobre os recentes acontecimentos.