A equipe de transição do prefeito eleito Sandro Mabel propôs, em um documento de 27 de novembro, o fechamento de 30 escolas que oferecem a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede municipal de Goiânia, com a transferência de alunos para a rede estadual. A proposta gerou oposição na Câmara Municipal, onde a vereadora Kátia (PT) convocou uma audiência pública para discutir a medida. Kátia, como pedagoga e única vereadora professora da legislatura, criticou a decisão e defendeu a ampliação, não o fechamento, dessas unidades, considerando a EJA essencial para a inclusão e o desenvolvimento de milhares de cidadãos.
Atualmente, a EJA atende a 3.240 alunos em 55 escolas municipais, oferecendo aulas principalmente no período noturno. A proposta de fechamento prevê a transferência dos alunos do segundo segmento (6º ao 9º ano) para escolas estaduais, enquanto os alunos do primeiro segmento (1º ao 5º ano) permaneceriam na rede municipal. O governo estadual já havia fechado 112 escolas de EJA em 2019, o que, segundo a vereadora, agrava o desmonte dessa modalidade de ensino.
Durante a audiência pública, que contou com a participação de educadores, alunos e representantes do Ministério da Educação, Kátia enfatizou os impactos negativos dessa proposta para os alunos e a importância do programa na transformação pessoal e social. A vereadora se comprometeu a elaborar um documento formal para os prefeitos Rogério Cruz e Sandro Mabel, solicitando a reconsideração do fechamento das escolas e defendendo a expansão das vagas na EJA.