Promotores de Nova York propuseram uma análise mais flexível para o caso envolvendo o presidente eleito dos Estados Unidos, sugerindo que ele não seja condenado à prisão, apesar de ter sido considerado culpado por fraudes contábeis. O processo está relacionado ao pagamento de US$ 130 mil feito por seu ex-advogado a uma atriz, em troca de silêncio sobre um encontro pessoal. Os promotores afirmaram que não há exigência para encarceramento, especialmente devido à imunidade presidencial, e sugeriram que a sentença seja adiada até que o presidente deixe o cargo, o que ocorre em janeiro de 2029.
Embora a acusação de fraude contábil possa resultar em até quatro anos de prisão, a pena não é obrigatória, conforme a legislação americana. A defesa de Trump, por sua vez, havia solicitado o arquivamento do caso para preservar sua capacidade de governar. Em resposta, os promotores descartaram o arquivamento, mas afirmaram que o juiz poderia levar em conta a imunidade presidencial ao decidir sobre a sentença.
Este é o primeiro caso em que um ex-presidente dos EUA foi condenado por um crime, marcando um momento histórico no sistema judiciário do país. O juiz responsável pelo caso, Juan Merchan, adiou a sentença inicialmente marcada para novembro de 2024, possibilitando que a defesa de Trump apresentasse novos argumentos, enquanto especialistas jurídicos apontam que a prisão do presidente eleito continua sendo uma possibilidade, embora improvável dada sua idade e histórico.