O governo federal projeta que a dívida pública bruta alcance 81,8% do PIB até 2027, com uma redução gradual para 75,6% até 2034, segundo as estimativas do Tesouro Nacional. Esse cenário baseia-se em uma combinação de aumento na arrecadação, por meio de medidas fiscais como o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e outros ajustes tributários, e uma gestão rigorosa das despesas. Apesar disso, a previsão do mercado financeiro aponta para um aumento ainda maior da dívida, podendo chegar a 93,1% do PIB até 2033, um patamar muito elevado para economias emergentes.
O relatório divulgado recentemente destaca que, para atingir as metas fiscais estabelecidas, será necessário um esforço adicional de arrecadação, além das medidas já propostas. As metas fiscais incluem um déficit de 0,4% do PIB em 2025, com a expectativa de recuperação das contas públicas a partir de 2027, com superávits primários crescendo até 2034. No entanto, o governo admite que sem a aprovação de novas medidas, a dívida pode continuar a crescer até 2034, alcançando 80,8% do PIB.
A situação fiscal do país está sendo monitorada com atenção, pois a relação entre dívida e PIB é um indicador crucial para o mercado financeiro, refletindo a capacidade do país de honrar suas obrigações. Com a projeção de crescimento do PIB em torno de 2,7% ao ano até 2034, o governo segue em busca de um equilíbrio fiscal, implementando também cortes de gastos, como na educação e no salário mínimo, para garantir a estabilidade das contas públicas dentro do novo arcabouço fiscal.