O Banco Central divulgou novas projeções econômicas que indicam um aumento da inflação e das taxas de juros para os próximos anos. Para 2024, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,84% para 4,89%, ultrapassando o teto da meta de inflação, que é de 4,5%. O crescimento das despesas públicas e o aumento dos gastos do governo são apontados como fatores principais para essa elevação. Além disso, a meta central de inflação de 3% para este ano segue com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%. Caso a meta não seja atingida, o Banco Central precisará justificar o descumprimento ao ministro da Fazenda.
Em relação à taxa de juros, os economistas revisaram suas projeções, antecipando um aumento da Selic nos próximos anos. Em 2024, a taxa básica de juros deve continuar em 12,25%, mas é esperado que o Banco Central a eleve novamente no começo de 2025. As projeções para o final de 2025 e 2026 indicam que a Selic pode atingir 14% e 11,25%, respectivamente, antes de começar a cair no ano seguinte. O impacto das taxas de juros mais altas pode afetar diretamente o poder de compra das famílias, especialmente as de menor renda.
Por fim, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 e 2025 também foram ajustadas para cima. O PIB de 2024 deve crescer 3,42%, refletindo um desempenho mais robusto do que o esperado no terceiro trimestre. Para 2025, a previsão de crescimento do PIB é de 2,01%. A balança comercial brasileira também apresentou projeções mais altas para o superávit em 2024, enquanto a expectativa para os investimentos estrangeiros no país diminuiu ligeiramente. Esses números sugerem uma economia que continua a enfrentar desafios, mas que ainda apresenta sinais de crescimento moderado nos próximos anos.