A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária verde será aplicada em janeiro de 2025, indicando que não haverá custo adicional para os consumidores. Essa decisão é reflexo de condições climáticas favoráveis, que têm reduzido os custos de geração de energia no País. A medida chega após um período marcado por dificuldades no setor, como a ativação da bandeira vermelha em setembro de 2024, impulsionada pela seca histórica e aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).
Nos últimos meses, o PLD registrou queda significativa, atingindo o patamar regulatório mínimo, enquanto consultorias especializadas apontam para uma tendência de preços reduzidos para o início de 2025. O Banco Central já considera essa melhora climática em suas projeções inflacionárias, destacando os impactos positivos no sistema de bandeiras tarifárias. A arrecadação gerada por esse sistema ajuda a cobrir os custos variáveis da produção de energia, como o acionamento de fontes mais caras em períodos críticos.
Desde sua criação em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem buscado mitigar os impactos financeiros para as distribuidoras. Apesar dos desafios enfrentados em 2024, que encerra com 61 acionamentos das bandeiras amarela e vermelha, a estabilidade observada no final do ano sinaliza um retorno à normalidade. O período mais longo de bandeira verde foi registrado entre abril de 2022 e julho de 2024, evidenciando a importância de condições climáticas favoráveis na composição das tarifas de energia.