Santa Catarina possui cerca de 600 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) sendo utilizadas para atividades agropecuárias, o que coloca essas áreas em desacordo com a legislação vigente. A fim de regularizar essa situação, os proprietários podem aderir ao Programa Estadual de Regularização Ambiental (PRA-SC), que oferece ações para diagnóstico e recuperação das áreas em conflito. A legislação também permite que agricultores familiares utilizem Sistemas Agroflorestais (SAFs) como forma de cumprir as exigências do programa, combinando o cultivo de espécies nativas com práticas agrícolas e pecuárias.
O Projeto Base-PRA, desenvolvido com apoio da Fapesc, foi criado para apoiar técnicos e gestores ambientais no processo de regularização, fornecendo ferramentas e informações essenciais para o planejamento e execução local e regional do PRA. Uma das principais ferramentas disponibilizadas é o Sistema de Mapeamento da Fragilidade Ambiental de Santa Catarina (SMFA-SC), que permite identificar as áreas prioritárias para regularização, levando em consideração aspectos como proximidade de corpos d’água, declividade e vulnerabilidade ambiental.
Além de fornecer relatórios e publicações técnico-científicas sobre os sistemas agroflorestais praticados por agricultores familiares catarinenses, o hotsite do projeto também disponibiliza materiais voltados à recuperação de áreas degradadas, com foco na restauração florestal de áreas ciliares e na implementação de SAFs. O objetivo é fornecer apoio técnico e científico para facilitar o processo de adequação das propriedades rurais catarinenses às normas ambientais, incentivando práticas sustentáveis e a recuperação de ecossistemas. O acesso ao hotsite é gratuito e está disponível no site da Epagri/Ciram.