O governo federal anunciou que contratará mil pessoas para o programa de economia solidária, sendo 500 agentes agora em dezembro e os outros 500 no início de 2025. O objetivo dessa ação é fortalecer o surgimento de novos empreendimentos no Brasil, estimulando modelos de trabalho coletivo em que a gestão e os lucros são compartilhados entre os trabalhadores. A economia solidária é vista como um sistema em que as atividades são administradas de forma democrática e os rendimentos são distribuídos de forma igualitária.
O secretário nacional de economia popular e solidária, Gilberto Carvalho, explicou que a ideia central do programa é promover uma gestão participativa nos negócios, onde a posse e o controle dos meios de produção pertencem aos próprios trabalhadores. Além disso, ele destacou a importância da recente aprovação da Lei 6609/19, que cria a Política Nacional de Economia Solidária e reconhece oficialmente esse modelo como parte integrante da economia do país. A lei será sancionada pelo presidente Lula no próximo dia 11 de dezembro, conforme anunciado pelo governo.
A implementação da lei inclui a criação de um Cadastro Nacional de Economia Solidária, que visa mapear e reconhecer formalmente os empreendimentos que seguem esses princípios. O cadastro permitirá que as iniciativas solidárias recebam benefícios fiscais e apoio de bancos públicos, incentivando a expansão desse modelo econômico. Atualmente, o Brasil conta com mais de 20 mil empreendimentos registrados nesse setor, envolvendo mais de 1,4 milhão de trabalhadores.