O bagaço de malte, resíduo gerado durante a produção artesanal de cerveja, tem sido utilizado de maneira sustentável em diversas fazendas no interior de São Paulo. Esse subproduto, originado da secagem e torrefação de cereais, é rico em proteínas e é utilizado por fazendeiros para alimentar uma variedade de animais, como galinhas, carneiros, cabras e gado. O processo de fabricação da cerveja envolve a mistura de cereais com água, lúpulo e levedura, e a parte sólida resultante desse processo, o bagaço, é frequentemente descartada ou reaproveitada.
Várias cervejarias no estado, como uma localizada em Votorantim, geram grandes quantidades de bagaço, chegando a produzir até três toneladas mensais. Muitos fazendeiros recebem esses resíduos como doação, o que representa uma prática econômica e benéfica para a saúde dos animais. O material pode ser oferecido puro ou misturado com outros alimentos, como silo de milho, dependendo das necessidades nutricionais do rebanho. Essa iniciativa reduz os custos com ração e contribui para a sustentabilidade tanto na produção de bebidas quanto na criação de animais.
Além de contribuir para a economia local, o uso do bagaço de malte como alimentação animal tem se mostrado eficaz, promovendo o bem-estar dos animais e diminuindo o desperdício de recursos. A prática tem se espalhado, beneficiando diversos produtores rurais que, ao incorporar o bagaço em suas dietas, ajudam a reduzir o impacto ambiental e aprimorar a gestão de suas fazendas. A reportagem sobre o tema foi exibida no programa “Nosso Campo”, da TV TEM, em 22 de dezembro de 2024.