A produção de romã no Paraná, embora popular nas festividades de fim de ano, ainda é limitada, com apenas cerca de 40 mil kg cultivados anualmente em uma área de cinco hectares. Embora a fruta seja consumida principalmente durante as celebrações de Natal e Ano Novo, a demanda diminui consideravelmente após esse período, o que resulta em excesso de produção nas plantações. O estado depende de outros estados e até do exterior para suprir a demanda, já que a produção local não é suficiente para atender ao consumo total.
O agricultor Diogo Shimizu, que cultiva romãs na região norte do estado, aponta que a fruta é muitas vezes associada a superstições de fim de ano, o que limita seu consumo ao período das festividades. No entanto, ele observa que a romã pode ser consumida durante todo o ano e utilizada em diversas receitas, incluindo sucos. Apesar disso, a utilização da fruta na culinária ainda é incipiente, e a procura continua baixa fora da temporada de festas.
O mercado de romã no Paraná enfrenta desafios relacionados à baixa procura, o que resulta em perdas significativas para os produtores. A esperança é que, com o tempo, o consumo da fruta se estenda para outras datas, como a Páscoa, e que a qualidade da produção melhore, permitindo aos agricultores escoar toda a produção. Atualmente, cerca de 60% da produção é vendida, mas o índice de perdas pode chegar a 40%, o que impacta diretamente na rentabilidade dos produtores locais.