O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, se manifestou contra a solicitação de habeas corpus de Mário Fernandes, preso desde 19 de novembro. A defesa do investigado pediu sua soltura no dia 17 de dezembro, mas a PGR alegou que não havia fatos novos capazes de alterar a decisão do ministro relator que decretou sua prisão preventiva. O parecer, publicado em 24 de dezembro, sustenta que os elementos que justificaram a prisão, como o risco à ordem pública e a influência do investigado sobre outros envolvidos, permanecem válidos.
Mário Fernandes, ex-integrante da Secretaria-Geral da Presidência no governo anterior, é apontado pela Polícia Federal como um dos responsáveis pela elaboração de um suposto plano para assassinar figuras do governo atual. O militar foi preso durante a operação Contragolpe, que apura atos golpistas e ameaças à democracia. Inicialmente detido no Rio de Janeiro, foi transferido para Brasília em 5 de dezembro, onde permanece sob custódia do Comando Militar do Planalto.
A defesa de Fernandes refuta as acusações, alegando que o documento citado na investigação, que detalha o plano de atentado, nunca foi entregue a ninguém. Apesar disso, a PGR reforça que a prisão preventiva é necessária devido ao potencial risco que o investigado representa para a ordem pública e a continuidade das investigações. O caso segue sendo analisado pela Justiça, que avaliará o pedido de liberdade em futuro julgamento.