A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contra o pedido de revogação da prisão preventiva de um general, detido desde o dia 14 de dezembro. O militar é investigado por suposta tentativa de obstrução da Justiça no contexto de uma apuração sobre um alegado golpe de Estado após as eleições de 2022. Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR argumenta que os motivos para a prisão ainda são válidos e que não houve fatos novos que justifiquem a mudança da situação processual.
O parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforça que a medida cautelar se mantém necessária para evitar interferências nas investigações, que envolvem suspeitas de que aliados de ex-líderes políticos estariam envolvidos em um plano golpista. Segundo a PGR, o risco à ordem pública, caso o militar fosse libertado, é concreto, dado seu suposto poder de influenciar a apuração dos fatos.
O general teve sua defesa assumida por um advogado poucos dias após sua detenção. Em declarações à imprensa, a defesa contestou as acusações e negou qualquer envolvimento em práticas ilícitas, além de afirmar que o acusado não tem interesse em um acordo de delação premiada. As investigações seguem em andamento, com depoimentos e pedidos de medidas cautelares adicionais, conforme avalia a Polícia Federal.