A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrariamente à soltura de um general preso no contexto das investigações sobre uma tentativa de golpe no Brasil. O general, detido na semana passada, teve sua defesa pleiteando a substituição da prisão por medidas menos severas, argumentando que os fatos em questão não teriam relação com o momento atual e que não haveria razão para a manutenção da prisão preventiva. Contudo, o procurador-geral destacou que as razões que fundamentaram a detenção do investigado permanecem válidas, considerando que ele continuaria a representar risco para a ordem pública e a investigação.
De acordo com a PGR, as medidas cautelares alternativas, como o monitoramento eletrônico ou a proibição de contato com outros envolvidos, não seriam suficientes para garantir a integridade do processo. O procurador mencionou que o investigado tem tentado obstruir a apuração, o que justifica a necessidade da prisão como medida extrema, evitando que ele continue a agir de maneira prejudicial à investigação. Nesse sentido, a PGR argumentou que o risco de novas tentativas de interferência no processo exigia a manutenção da prisão preventiva.
O general foi detido por decisão do Supremo Tribunal Federal, sob a alegação de envolvimento em um plano para impedir a posse do atual presidente. A Polícia Federal apontou que ele teria tentado obter informações sigilosas de uma delação relacionada ao caso, e a defesa refutou essas acusações, negando qualquer tentativa de obstrução. O processo continua a ser acompanhado pela Corte, com o objetivo de apurar as responsabilidades no contexto da investigação em andamento.