A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a soltura do general preso no Rio de Janeiro no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe no Brasil. O pedido de liberação foi feito pela defesa do general, que argumentou que a prisão preventiva não se justifica, pois os fatos investigados ocorreram no passado e não apresentariam urgência. A defesa sugeriu alternativas, como medidas cautelares, para garantir a ordem pública sem a necessidade da prisão.
Em resposta, o procurador-geral Paulo Gonet reforçou que as razões que fundamentaram a prisão ainda são válidas. Segundo ele, as medidas alternativas não seriam suficientes para assegurar a ordem pública, a continuidade da investigação e o cumprimento da lei. O procurador argumentou também que o investigado tem tentado obstruir o andamento do processo, o que justificaria a manutenção da prisão para evitar novos impedimentos à investigação.
O general foi preso em 14 de dezembro, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por sua participação em um esquema de obstrução de investigações sobre a tentativa de golpe contra o resultado das eleições, que visavam impedir a posse do novo presidente. A Polícia Federal identificou que o investigado tentou acessar informações sigilosas relacionadas a uma delação importante para o processo.