O procurador-geral da República, Paulo Gonet, emitiu parecer favorável à prisão preventiva de um ex-ministro envolvido no inquérito sobre tentativa de golpe no Brasil. A manifestação ocorreu após consulta do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e destacou a existência de provas substanciais sobre a autoria e materialidade de crimes graves. Gonet argumentou que a prisão é necessária para garantir a ordem pública, a aplicação da lei penal e a continuidade da investigação, evitando interferências no processo judicial.
A Polícia Federal (PF) segue investigando uma trama que visava a permanência do ex-presidente no poder, sendo o ex-ministro um dos principais suspeitos de obstruir as investigações. Ele foi apontado como um dos 40 indiciados por crimes relacionados ao golpe de Estado, organização criminosa e tentativa de subversão da ordem democrática. A PF também identificou seu envolvimento em uma operação militar de execução e pressões no comando das Forças Armadas para apoiar a ação golpista.
Em uma virada importante, um colaborador premiado, anteriormente vinculado ao ex-ministro, implicou diretamente sua participação nos eventos, alterando sua estratégia de defesa. A investigação ainda revelou documentos que indicam o envolvimento do ex-ministro em palestras onde defendia a ampliação da influência política das Forças Armadas nas decisões do país. As investigações continuam a ser conduzidas pela Polícia Federal, com a prisão sendo considerada uma medida essencial para a preservação da ordem pública e o avanço das apurações.