Promotores em Nova York sugeriram ao juiz responsável por um caso de fraude contábil que envolve o presidente eleito dos Estados Unidos uma alternativa à pena de prisão. A proposta considera a imunidade presidencial e a necessidade de garantir que o governante possa exercer plenamente suas funções, mesmo diante da condenação. O caso está relacionado a um pagamento de silêncio feito a uma atriz antes das eleições de 2016, envolvendo registros contábeis irregulares.
Embora o juiz tenha adiado a sentença anteriormente para permitir que a defesa apresentasse um pedido de arquivamento, os promotores rejeitaram essa possibilidade. Eles argumentam que a constituição pode limitar as opções de pena, mas não exclui a condenação. A sugestão inclui a postergação de procedimentos até o fim do mandato presidencial em 2029, reforçando que o encarceramento não é obrigatório para a infração em questão.
Especialistas jurídicos avaliam que, dada a ausência de histórico criminal e a idade avançada do réu, uma sentença de prisão seria improvável, ainda que possível. O caso marca um precedente histórico, sendo a primeira vez que um presidente americano, em exercício ou não, é condenado criminalmente, suscitando debates sobre os limites da lei e a função presidencial.