Dois homens detidos em São Paulo, sob suspeita de envolvimento no assassinato de um empresário, foram liberados menos de 24 horas após a prisão, após uma audiência de custódia que questionou a legalidade das abordagens policiais. A detenção ocorreu na tarde de sexta-feira, 6, quando a polícia apreendeu munições de fuzil com os suspeitos, que estavam em um carro e em uma motocicleta. Os envolvidos negaram qualquer relação com o caso, e a defesa apontou irregularidades nas circunstâncias da prisão.
Durante a audiência, a juíza destacou que, embora a polícia tenha encontrado munições e armas em um veículo próximo à residência de um dos suspeitos, não havia provas de que o carro ou os objetos encontrados pertenciam aos acusados. Além disso, foi questionado o fato de os policiais terem acessado o veículo sem uma autorização clara e sem um mandado de busca, o que comprometeu a legalidade da apreensão. O advogado dos acusados sugeriu que as evidências poderiam ter sido manipuladas.
O caso gerou repercussão devido ao envolvimento de unidades especiais da polícia e ao posicionamento do governador, que comemorou a prisão nas redes sociais, antes de as circunstâncias da detenção serem completamente esclarecidas. A decisão pela soltura dos suspeitos foi baseada em falhas no procedimento de busca e apreensão, levantando dúvidas sobre a validade das acusações e as evidências coletadas durante a operação.