Na última sexta-feira (20), quatro jogadoras do River Plate foram detidas em flagrante durante uma partida contra o Grêmio, em São Paulo, após se envolverem em um episódio de injúria racial. A prisão ocorreu após uma confusão em campo, quando uma das atletas do time argentino fez gestos considerados racistas em direção a um gandula. Em reação, as jogadoras do Grêmio também foram alvo de insultos racistas. A situação culminou em uma briga generalizada, resultando na expulsão de seis atletas do River Plate e na interrupção do jogo. Diante dos acontecimentos, a Justiça brasileira decidiu pela prisão preventiva das jogadoras, com o objetivo de evitar sua fuga do país.
O incidente gerou repúdio tanto por parte dos clubes envolvidos quanto das autoridades organizadoras do torneio. O River Plate, em nota oficial, condenou os gestos discriminatórios e afirmou que tomaria as medidas disciplinares necessárias. O Grêmio também se manifestou, expressando solidariedade às vítimas e destacando a gravidade do ocorrido. Como consequência, o River Plate foi excluído do torneio em questão e das próximas edições da competição, com os organizadores reiterando seu compromisso com o combate ao racismo no esporte.
Após a suspensão do jogo, o Grêmio conquistou o título da competição ao vencer o Bahia nos pênaltis. Em meio à celebração pela conquista, a diretoria do clube gaúcho reafirmou seu compromisso com a luta contra o racismo, enquanto o episódio com as jogadoras argentinas segue sendo investigado pelas autoridades competentes. O caso destaca não apenas a persistência do racismo no futebol, mas também a necessidade de ações mais eficazes para erradicar esse tipo de comportamento dentro e fora de campo.