O general Walter Souza Braga Netto teve sua prisão preventiva decretada no último sábado (14), com base em indícios de que teria atuado para interferir nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022. O ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão, afirmou que Braga Netto poderia dificultar o andamento do processo, justificando a prisão como uma medida necessária para garantir a ordem pública e a continuidade das investigações. A Polícia Federal indicou o general em um inquérito que apura os eventos relacionados à tentativa de depor o governo eleito.
Braga Netto é investigado por uma série de crimes, incluindo associação criminosa, obstrução de justiça e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. As acusações destacam ações como a tentativa de obter informações sobre a colaboração de um ex-assessor de seu círculo próximo e documentos que sugerem a manipulação de investigações. Caso condenado, o general pode enfrentar uma pena de até 41 anos e 4 meses de prisão, dependendo das infrações pelas quais for responsabilizado.
A defesa de Braga Netto refutou as acusações, afirmando que ainda não teve acesso completo aos detalhes do processo e reiterando a confiança no devido processo legal. Em um comunicado, os advogados do general se comprometeram a demonstrar que não houve tentativa de obstrução das investigações, destacando que a decisão judicial será contestada assim que possível. A prisão preventiva, que não tem data definida para término, é uma medida comum quando há risco de obstrução ou de reiteração de crimes durante o curso da investigação.