A prisão de um ex-ministro do governo anterior gerou intensos debates no Brasil, com aliados do atual governo e opositores se posicionando sobre o ocorrido. O general, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil durante a gestão do ex-presidente, foi detido pela Polícia Federal sob suspeita de obstrução das investigações relacionadas a uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e faz parte de uma série de investigações que envolvem diversas figuras políticas e militares. De acordo com a PF, a prisão visa evitar a repetição de ações ilícitas durante o processo.
A reação a essa prisão foi polarizada. Aliados do atual governo comemoraram a medida como um sinal de fortalecimento das instituições democráticas, destacando que ela reflete o comprometimento do país com o Estado de direito. Parlamentares do PT, como o líder do governo na Câmara e o senador Randolfe Rodrigues, afirmaram que a prisão marca um avanço histórico para a democracia brasileira. No entanto, setores da oposição, incluindo aliados do ex-presidente, chamaram a prisão de injusta e acusaram o Judiciário de antecipar o julgamento e violar garantias constitucionais.
Em meio a essas discussões, surgiram também acusações de que o ex-ministro teria tentado interferir nas investigações e até mesmo participado de um esquema de financiamento de ações ilegais, conforme informações de delações. A prisão é um desdobramento das investigações que envolvem cerca de 40 pessoas indiciadas pela Polícia Federal. A decisão agora está nas mãos da Procuradoria-Geral da República, que decidirá se formaliza a denúncia. A prisão e o processo subsequente geram um clima de incerteza política e jurídica no país, com perspectivas de novos confrontos entre os poderes e novas revelações sobre os bastidores da crise política de 2022.