Um casal de empresários de Santos Dumont, em Minas Gerais, que havia sido preso no final de setembro durante a Operação Verita Visus, teve sua prisão revogada pela Justiça. A decisão foi tomada no dia 3 de dezembro pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), permitindo que ambos respondessem ao processo em liberdade. Os dois eram investigados por suspeitas de extorsão, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, com alegações de envolvimento em práticas ilegais contra perfis que comercializavam produtos falsificados ou com violação de direitos autorais.
A investigação apontou que a empresa dos empresários teria se especializado em extorquir vendedores de produtos falsificados, ameaçando-os com denúncias de pirataria e possíveis ações legais. O esquema, segundo a polícia, envolvia a criação de perfis falsos para obter confissões e forçar os envolvidos a pagar valores em troca de não terem seus perfis removidos das redes sociais. As investigações também sugeriram que o crime ocorria em pelo menos 20 estados do Brasil, afetando um número significativo de vítimas.
Em defesa, os representantes da empresa negaram as acusações, enfatizando o histórico de combate à pirataria e alegando que sempre atuaram dentro da legalidade. A empresa, reconhecida nacionalmente por seu trabalho em defesa de grandes marcas, expressou confiança de que a justiça seria feita e que sua inocência seria comprovada. A decisão judicial de liberar os empresários é vista como uma vitória, considerando a alegada falta de fundamento nas acusações iniciais.