Criado em 2010, o conceito dos primeiros mil dias de vida (compreendendo os 280 dias de gestação e os 730 dias seguintes) visa promover o desenvolvimento físico e mental saudável, com foco em prevenir problemas de saúde a longo prazo. No entanto, estudos recentes sugerem a ampliação desse período para até os cinco anos de vida, com base na maior sensibilidade do organismo a influências ambientais nessa fase inicial. Pesquisadores defendem que intervenções desde a gestação até os primeiros anos de vida podem ter efeitos duradouros, principalmente no combate à obesidade infantil, um fator crucial para a saúde futura.
A gestação é apontada como um momento-chave para a adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada e a prática de atividade física. A introdução alimentar, que deve ser diversificada e incluir alimentos nutritivos, ganha destaque, assim como o incentivo ao aleitamento materno. Além disso, os primeiros anos da criança são essenciais para a adoção de bons hábitos, com foco na alimentação, rotina de sono e na redução do sedentarismo, atividades lúdicas e esportivas, além do controle do tempo de exposição às telas, que pode prejudicar o desenvolvimento.
O estudo australiano que recomenda a ampliação do conceito dos primeiros 2 mil dias detalha orientações específicas para cada fase da infância. Desde a gestação até os 5 anos, a implementação de estratégias de nutrição, atividades físicas, e cuidados com a saúde mental e emocional são fundamentais para garantir o desenvolvimento saudável. Os pesquisadores afirmam que, ao seguir essas diretrizes, é possível reduzir o risco de obesidade e outros problemas de saúde, proporcionando um impacto positivo a longo prazo na vida adulta.