A crescente pressão sobre generais investigados por supostos envolvimentos em ações golpistas tem gerado especulações sobre possíveis delações premiadas. Enquanto alguns acreditam que figuras como o ex-ministro da Defesa podem resistir à colaboração, em razão de lealdade militar e apoio político, outros sugerem que a possibilidade de delação se torna mais concreta à medida que os envolvidos percebem o impacto das penas de prisão. Ameaças de longas sentenças, principalmente entre os mais velhos, têm levado militares a reconsiderar suas posturas, com alguns sendo alertados sobre a dura realidade da prisão. O cenário se complica por meio de comparações com outros casos de negociações de delações, o que levanta a hipótese de novas revelações.
Entre os militares, a expectativa é de que alguns, como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, possam colaborar com investigações sobre o planejamento de atos golpistas. Há um crescente interesse em obter mais informações sobre encontros e planos envolvendo figuras políticas, o que inclui indícios sobre possíveis documentos que poderiam ter sido manipulados ou assinados por autoridades de alto escalão. Apesar de uma negação oficial de que alguns generais cogitem a delação, fontes do setor jurídico indicam que o cenário está em constante mudança, e o peso das consequências pode alterar a trajetória de investigações.
Os recentes desdobramentos, que incluem prisões e investigações envolvendo uma rede de militares, têm surpreendido autoridades do STF, que expressaram surpresa com a amplitude e a gravidade das ações em questão. Embora as autoridades sempre tenham considerado possível a atuação de membros da família do ex-presidente em atos ilícitos, a inclusão de generais de carreira em planos violentos e golpistas tem sido considerada um desenvolvimento inesperado. A comparação com grupos criminosos como o PCC tem sido feita em referência ao modo de operação de certos envolvidos, o que reflete a gravidade dos crimes investigados.