O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, fez um pronunciamento à nação na sexta-feira (6), pedindo desculpas por ter decretado a lei marcial, que restringia direitos civis, e reconhecendo que a decisão foi tomada por desespero. Yoon afirmou que não tentaria evitar responsabilidades e se comprometeu a deixar seu partido lidar com a situação política, incluindo a continuidade de seu mandato. Esse discurso ocorreu após ele revogar a ordem de lei marcial apenas seis horas depois de anunciá-la, diante da pressão do parlamento e da sociedade.
A medida tomada pelo presidente gerou forte reação, com a oposição acusando-o de insurreição e com manifestantes se reunindo em frente ao parlamento, exigindo sua destituição. Além disso, membros do partido governista pediram sua renúncia, temendo que o cenário se repetisse com a queda de outros presidentes no passado. A Assembleia Nacional está marcada para votar uma moção de impeachment no sábado (7), e a votação é vista como um divisor de águas para o futuro político do presidente.
Investigações estão em andamento sobre o decreto e possíveis abusos de poder, com promotores, polícia e autoridades de investigação trabalhando para avaliar as implicações legais da decisão de Yoon. O episódio gerou um clima de incerteza no país, e a tensão nas ruas permanece alta, com novos protestos sendo esperados antes da votação decisiva no parlamento.