O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, revogou um decreto que impunha a lei marcial no país após uma forte reação pública e interna. A medida, que restringia direitos civis e dava ao governo poderes militares, gerou protestos massivos e críticas de aliados e membros do governo. Em resposta, seis partidos de oposição apresentaram um pedido de impeachment, e 191 parlamentares assinaram o requerimento, embora sem apoio do partido governista. A revogação aconteceu poucas horas após a imposição do decreto, que foi rejeitado pela Assembleia Nacional, obrigando Yoon a recuar.
A crise política gerada pela lei marcial refletiu o crescente descontentamento popular com o governo. Muitos parlamentares da oposição consideraram a medida uma ameaça à democracia e à Constituição do país. O presidente, por sua vez, justificou o decreto alegando a necessidade de proteger o país de forças pró-Coreia do Norte, mas a reação negativa foi intensa, tanto nas ruas quanto dentro de seu próprio governo. Vários assessores e ministros apresentaram renúncias coletivas, e houve uma pressão crescente para a saída de outros membros do gabinete.
Além dos desafios políticos internos, a situação se deu em um contexto de tensões geopolíticas com a Coreia do Norte, que tem exacerbado a insegurança na região. Em meio a essa crise, Yoon enfrenta uma aprovação pública em baixa, com a oposição aproveitando a situação para intensificar sua pressão. O incidente também destacou o crescente clima de polarização no país, em que disputas políticas têm afetado diretamente o funcionamento do governo e suas relações com a Assembleia Nacional.