O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido a uma cirurgia de emergência na madrugada de terça-feira (10) para drenar um hematoma no cérebro, resultado de uma queda ocorrida em outubro. Após seis dias de internação, ele recebeu alta no domingo (15) e afirmou estar bem, com a intenção de retomar suas atividades em Brasília após a realização de uma nova tomografia, marcada para quinta-feira (19). Apesar da surpresa com o procedimento, Lula ressaltou que os médicos indicaram uma recuperação tranquila, embora precisará de cuidados durante o processo de cicatrização.
Em entrevista ao Fantástico, o presidente relatou que os sintomas começaram no domingo (9), com dores de cabeça e dificuldades motoras na perna, e que inicialmente subestimou a gravidade da situação. Ele detalhou a experiência de ser transferido para São Paulo para a realização da cirurgia e mencionou o impacto emocional vivido por sua esposa, que descreveu o momento como angustiante. Lula, no entanto, disse estar motivado para se recuperar rapidamente, com o apoio de sua esposa, Janja, que o acompanhará durante o processo de recuperação.
Além do foco na saúde, o presidente também abordou questões políticas e econômicas em sua entrevista. Lula comentou sobre a agenda econômica do governo, defendendo a responsabilidade fiscal e criticando a reação do mercado financeiro a propostas como o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda. Apesar das dificuldades e das críticas, ele afirmou que seguirá com seus compromissos e planos, incluindo reuniões com ministros e uma possível participação no evento Natal dos Catadores, em São Paulo, antes de viajar para o Japão em março de 2025.