O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, desconsiderou uma segunda intimação de autoridades anticorrupção no dia 25 de dezembro, relacionada à investigação sobre a declaração de Lei Marcial que ele tentou implementar no início deste mês. As autoridades esperavam seu comparecimento para interrogatório até as 10h, mas Yoon não se apresentou, mantendo o padrão de desobediência observado na primeira intimação, na semana anterior. As investigações, conduzidas pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível (CIO), envolvem acusações de insurreição e abuso de poder.
Apesar de não comparecer ao interrogatório, um porta-voz de Yoon indicou que o presidente está disposto a apresentar suas explicações de forma formal, embora ainda faltem condições legais para que isso ocorra. A oposição criticou fortemente o descumprimento das intimações, pedindo que ele fosse preso por suspeita de tentar destruir evidências relacionadas à imposição da Lei Marcial. Em resposta, Yoon havia afirmado em discurso público que não fugiria de sua responsabilidade legal e política.
O caso gerou tensões políticas, com o Parlamento aprovando uma acusação contra o presidente em 14 de dezembro, resultando em um possível julgamento no Tribunal Constitucional sobre sua permanência no cargo. Enquanto isso, promotores e autoridades de investigação seguem apurando possíveis crimes, como insurreição, para os quais um presidente sul-coreano não possui imunidade, podendo resultar em severas consequências jurídicas.