O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, aceitou a renúncia do ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, e nomeou Choi Byung-hyuk, embaixador na Arábia Saudita, como o novo responsável pela pasta. Choi, ex-general do exército, foi descrito como um profissional íntegro e comprometido com o cumprimento das leis e regulamentos, conforme afirmou o chefe de gabinete de Yoon, Chung Jin-suk. A mudança ocorre após um período de grande instabilidade política no país, marcado por tensões envolvendo a possível imposição de lei marcial.
Na terça-feira, 3 de outubro, Kim teria sugerido ao presidente a implementação de lei marcial, mas a medida foi suspensa após forte oposição do parlamento, que exigiu sua revogação. A situação gerou um ambiente de incertezas políticas, levando a um movimento no parlamento que buscava o impeachment de Yoon, acusando-o de tentativa de abuso de poder. O Partido Democrata, principal oposição, classificou a tentativa de lei marcial como um ato grave, o que resultou em uma série de reações políticas intensas e críticas tanto dentro do país quanto no cenário internacional.
Além das reações políticas internas, autoridades dos Estados Unidos também expressaram surpresa com a decisão de Yoon, destacando que a declaração de lei marcial foi uma medida mal planejada, segundo o Secretário de Estado Adjunto Kurt Campbell. A situação continua a gerar discussões intensas no parlamento, com novos desdobramentos esperados para os próximos dias, especialmente em relação ao processo de impeachment proposto pela oposição.