O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, está sob pressão política após uma tentativa de impor a Lei Marcial em dezembro de 2023, que gerou uma crise constitucional no país. O decreto, que durou apenas seis horas antes de ser anulado pelo parlamento, causou divisões internas no governo e levou a um movimento de impeachment. A segunda votação do impeachment ocorrerá neste sábado (14), com manifestantes se mobilizando em grandes protestos e os partidos de oposição planejando obter os votos necessários para destituí-lo.
Embora os partidos de oposição controlem a maioria no parlamento, a aprovação do impeachment depende de votos do Partido do Poder Popular (PPP), o partido de Yoon, que ainda está dividido sobre a medida. Pelo menos sete legisladores do PPP já manifestaram apoio ao impeachment, e há expectativa de que mais possam seguir esse caminho. Se o impeachment for aprovado, Yoon perderia sua autoridade, mas permaneceria no cargo até uma decisão do Tribunal Constitucional, o que geraria uma possível eleição presidencial em 60 dias.
A situação política instável tem afetado a economia sul-coreana e abalado a confiança do mercado, embora as ações tenham se recuperado nas últimas sessões devido à esperança de uma resolução para a crise política. Yoon, que assumiu a presidência em 2022, enfrentou críticas por sua gestão da crise e pela repressão à mídia, enquanto tentava fortalecer a posição internacional da Coreia do Sul, especialmente nas relações com os Estados Unidos e outras potências ocidentais.